O futuro da conectividade: tudo o que sabemos sobre o 6G até agora
Com previsão de lançamento comercial para 2030, a tecnologia 6G está começando a tomar forma como o próximo grande salto na evolução das redes móveis. Enquanto o 5G ainda está em fase de consolidação, governos, indústrias e especialistas em telecomunicações do mundo inteiro já estão se mobilizando para pavimentar o caminho para uma nova era digital.
1. O que é o 6G e por que ele importa?
O 6G promete ser mais do que uma evolução do 5G — será uma revolução.
A tecnologia deverá oferecer:
•Velocidades acima de 100 Gbps;
•Latência ultrabaixa;
•Comunicação holográfica em tempo real;
•Experiências imersivas de realidade aumentada e virtual;
•Integração massiva da Internet das Coisas (IoT);
•Inteligência artificial e aprendizado de máquina embarcados na infraestrutura.
Com isso, o 6G será a espinha dorsal da quarta Revolução Industrial (4IR), promovendo cidades inteligentes, sistemas autônomos e um novo ecossistema de conectividade.
2. Onde estamos hoje?
Apesar do lançamento comercial estar previsto para 2030, a corrida pelo 6G começou ainda em 2018. Em 2025, espera-se que as principais organizações internacionais, como o 3GPP, comecem os estudos padronizados com o Release 20 e os requisitos de design no Release 21. Isso será essencial para garantir a interoperabilidade global das redes futuras.
3. O impacto do 6G no mercado:
O mercado global de 6G deverá alcançar um valor de US$ 320,1 bilhões até 2026, impulsionado por novos verticais como:
•Comunicação holográfica;
•Internet dos Sentidos (IoS);
•Gêmeos digitais;
•Redes 3D com integração satélite-terra;
•Frequências terahertz e computação quântica.
Essa transformação impactará diretamente os setores de telecomunicação, indústria 4.0, saúde, segurança, transporte e muito mais.
4. Desafios a serem superados:
Antes de o 6G se tornar realidade, alguns obstáculos precisam ser superados:
•Prontidão da infraestrutura;
•Padronização global;
•Segurança cibernética;
•Investimentos em espectro e tecnologia.
5. O papel do Oriente Médio no desenvolvimento do 6G:
O Oriente Médio vem se destacando como um polo de inovação no setor:
•Emirados Árabes Unidos (EAU): Lançaram um roteiro oficial para o 6G por meio da TDRA, com foco em pesquisa, padrões e testes no ambiente regulatório “ICT Regulatory Sandbox”. As bandas de 600 MHz e 6 GHz já foram alocadas para o futuro uso do 6G.
•Arábia Saudita: Fortaleceu a parceria com a Universidade KAUST e a Ericsson para avançar em P&D, além de negociações bilionárias da Saudi Aramco com a Mavenir, nos EUA, voltadas à tecnologia.
6. Iniciativas globais e colaborações estratégicas:
Diversos países e empresas estão acelerando suas iniciativas:
•Europa: Alemanha nomeou um coordenador de 6G, e projetos como Hexa-X-II e SUSTAIN-6G, liderados pela Nokia, buscam inovação e sustentabilidade.
•Suécia e EUA: Investem na integração entre satélites e redes móveis, e promovem princípios de transparência, sustentabilidade e inovação.
•China: Alcançou marcos em comunicações laser satélite-terra e estabeleceu a primeira rede de testes de campo 6G do mundo, com comunicação semântica baseada em infraestrutura 4G.
•Parcerias privadas: Alianças como AI-RAN (Ericsson, Microsoft, Nokia) e colaborações entre Telefónica, Ericsson e MATSUKO estão impulsionando tecnologias como comunicação holográfica e inteligência artificial nas redes de acesso.
7. Frequências e padronização: a base técnica do 6G:
O desenvolvimento da interface de rádio será prioridade a partir da segunda metade de 2025.
Estão em pauta:
•Ondas centimétricas;
•Ondas sub-terahertz (THz);
•Banda de 6 GHz (especialmente para América Latina, Ásia-Pacífico e o Golfo);
•Espectros não licenciados e compartilhados.
Esses elementos permitirão suportar a alta demanda de largura de banda e a diversidade de aplicações do 6G.
8. O que esperar em 2025?
O ano de 2025 será marcante para o 6G:
•Início oficial dos estudos técnicos no 3GPP;
•Lançamento das diretrizes no Release 20;
•Consolidação dos requisitos de sistema no Release 21;
•Ampliação da adoção da banda de 6 GHz para telecomunicações móveis internacionais (IMT);
•Intensificação das colaborações público-privadas globais.
6G é o futuro que já começou:
Com investimentos pesados, colaborações estratégicas e um foco claro em transformação digital, o 6G não é apenas uma promessa distante. Ele já está em construção, e seus impactos serão sentidos em todos os aspectos da sociedade, redefinindo a forma como humanos, máquinas e ambientes interagem. A próxima década será decisiva e a corrida já começou.
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Fonte abaixo:
A corrida para o 6G será a maior revolução tecnológica do século